conhecendo...
CD Dorina - Eu Canto Samba

Eu Canto Samba, 1995.

Em 1996, à época do lançamento de Eu Canto Samba – seu disco de estreia, gravado em homenagem a Paulinho da Viola –, Dorina recebeu seu primeiro grande troféu, o Prêmio Sharp de “Melhor Cantora Revelação de Samba”.

Quatro anos depois, em 2000, Samba.Com, seu segundo CD, que reunia composições de Candeia, Monarco, Wilson Moreira, Zeca Pagodinho e Jorge Aragão, entre outros, e a participação de Dona Ivone Lara interpretando “Se o Caminho é Meu” de Paulinho Mocidade e Berinjela, foi apontado pelos jornais O Globo e Folha de São Paulo como o “Melhor CD de Samba do Ano”.

CD Dorina - Samba.com

Samba.com, 2000.

Naquele ano (2000), além do lançamento do disco e da participação no Casa de Samba 4, fiz minha primeira apresentação no exterior, representando o Brasil em um festival de música na China, que reuniu artistas de todo o mundo. Em 2001, fui congratulada pelo Estado com a Medalha Chiquinha Gonzaga, premiação concedida anualmente a uma personalidade feminina que tenha se destacado profissionalmente em causas democráticas, humanitárias, artísticas ou culturais”, lembra, orgulhosa.

Em 2004, mais uma vez, um trabalho de Dorina leva o título de “Melhor CD de Samba do Ano” e rende a ela nova indicação ao Prêmio Sharp – na ocasião, renomeado para Prêmio Tim de Música Brasileira –, dessa vez, como “Melhor Cantora de Samba”. Sambas de Almir, disco em questão, homenageou o cantor e compositor Almir Guineto e é considerado, até hoje, um marco na carreira de Dorina.

CD Dorina - Sambas de Almir

Sambas de Almir, 2003.

CD Dorina - Tem Mais Samba

Tem Mais Samba, 2005.

Com repertório composto de belíssimas canções, todas assinadas pelo próprio Almir, o CD conta, ainda, com as participações mais que especiais do homenageado e seus parceiros Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho.

No ano seguinte, por conta da comemoração de seus dez anos de carreira, a gravadora Rob Digital, que reúne, em seu acervo, importantes títulos da música brasileira, presentou Dorina com Tem Mais Samba, uma compilação de seus trabalhos anteriores, que continha, ainda, duas faixas inéditas – “Vidro e Rubi” e “Só Por Um Momento” – e uma faixa-interativa com o clipe de “Lama Nas Ruas”. Mas a cantora se mostrava incansável e, sempre disposta a inovar, em 2007, se juntou a dois velhos amigos, o violonista e diretor musical Claudio Jorge e o violonista Carlinhos 7 Cordas, com os quais gravou O Violão & O Samba, trabalho que, divinamente, a “emprestou” à MPB, sem, claro, distanciá-la de suas raízes.

CD Dorina - O Violão e o Samba

O Violão e o Samba, 2007.

CD Dorina - Samba de Fé

Samba de Fé, 2011.

CD Dorina - Brasileirice

Brasileirice, 2010.

DVD Dorina - Samba de Fé

Samba de Fé, 2008.

Aproveitando o embalo de suas produções em série, Dorina não perdeu tempo e, logo no ano seguinte, 2008, lançou Samba de Fé, que, como de costume, foi eleito, pela mídia especializada, como “Melhor CD de Samba do Ano”. Gravado ao vivo, em 2006, no Trapiche Gamboa, na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio de Janeiro, com participações de verdadeiro timaço do samba (Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Beth Carvalho, Mauro Diniz e Ana Costa), o trabalho foi lançado em DVD em 2011. Em 2010, Dorina lançaria, ainda, o CD Brasileirice, no qual contou com as participações especiais de sua filha, também cantora, Bia Aparecida, e de Mart’nália.

Em 2012, o homenageado da vez na carreira de Dorina foi o já citado Luiz Carlos da Vila. Amigo e ex-parceiro de grupo (com ele e Mauro Diniz, a cantora fundou o Suburbanistas, projeto que tinha como principal objetivo manter viva a cultura do subúrbio carioca), morto em 2008, ele foi “relido” no show Sambas de Luiz, que passou, com enorme sucesso, por importantes palcos da cidade, tais como Centro de Referência da Música Carioca e Teatro Rival, nos quais reuniu outros admiradores do compositor, dentre eles, Moyseis Marques, Mauro Diniz e Marcelinho Moreira. A apresentação do Centro de Referência da Música Carioca foi registrada em CD, e foi lançado em 2013 de forma independente, pela cantora.

CD Dorina - Sambas de Luiz

Sambas de Luiz, 2013.

Quis fazer um show só com músicas de Luiz, sem parceiros, para mostrar sua faceta como poeta. E revi, nestas 15 canções, a alma do subúrbio, com suas esquinas, trilhos, romances e avenidas”, diz Dorina. “Foi emocionante escolher o repertório do disco e é, ainda mais, ver o projeto saindo do papel”, completa ela.

No ano seguinte, em 2014, pouco antes da chegada do carnaval, durante seu programa diário de rádio, o DorinaPontoSamba, Dorina teve a ideia de fazer um bloco para homenagear Zeca Pagodinho. E não levou muito tempo para que o Mulheres de Zeca, nome criado por ela para a trupe, tomasse forma e, em tempo recorde, ensaiasse repertório para se apresentar no Centro Cultural do Cordão da Bola Preta, no Centro do Rio.

Esse papo surgiu depois de uma entrevista que fiz com integrantes do Mulheres de Chico. Saí da rádio e postei no Facebook meu desejo de homenagear o Zeca, não somente pelo trabalho que faz no samba e com os compositores do subúrbio, mas pelo exemplo de humanidade que sempre nos dá, como, recentemente, quando ajudou vizinhos na enchente que atingiu o município de Xerém, no Rio. Para minha surpresa, o sucesso foi absoluto e espontâneo: todos querendo participar, homens, mulheres…”, lembra e acrescenta: “Além deste projeto, tive a honra de participar do SambaBook, do Martinho (da Vila), outro grande momento”.

Até hoje, o bloco (e musical) segue em sucesso com Dorina, Tia Surica, Nilze Carvalho, Renata Jambeiro, Dayse do Banjo , Janaína Moreno e Bia Aparecida. Apresentações no Centro Cultural João Nogueira – Imperator, no Méier, com participações especiais de Arlindo Cruz e Dudu Nobre, marcaram recorde em público.

CD Dorina - Dorina Canta Sambas de Aldir

Sambas de Aldir, 2016.

Sambas de Aldir – ao vivo, 2017.

Em 2016 inicia uma nova jornada cantando e encantando com as canções de Aldir Blanc, no espetáculo “Dorina canta Sambas de Aldir e Ouvir – 70 Anos de Aldir Blanc”. Aclamado pela mídia e público, o show percorreu o estado do Rio de Janeiro e São Paulo (durante 2 anos), e com muito sucesso, entra para a discografia da cantora com um CD e DVD gravado ao vivo no Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca, intitulado Dorina canta Sambas de Aldir e Ouvir ao vivo.

Na transição de 2017 para 2018, Dorina lança em parceria com a Fina Flor, o DVD Dorina canta Sambas de Aldir e Ouvir – 70 Anos de Aldir Blanc com 21 faixas, e seguiu em turnê no interior do Estado de São Paulo e Capital, e é claro, no Rio de Janeiro. Ainda em 2018, Dorina reune mais de 450 mulheres em 12 cidades (sendo 2 internacionais; La Plata e San Martín de los Andes-Argentina) e realiza, simultaneamente, o Primeiro Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba.

CD Na Lira da Canção - Ana Costa, Dorina e Lu Oliveira entre versos de Socorro Lira

Na Lira da Canção, 2019.

Agora em 2019, além de comemorar seus 25 anos de carreira em show comemorativo com sua filha Bia Flor e com o cantor e compositor Moacyr Luz, Dorina se une com as cantoras e compositoras Ana Costa, com que já gravou “O meu amor”, de Chico Buarque de Hollanda no DVD Samba de Fé (2008), e Lu Oliveira, e gravam o poético disco Na Lira da Canção em tributo ao Nordeste e à cantora e compositora paraibana, Socorro Lira. O registro, lançado pelo selo Ritmiza, tem Mariana Baltar como diretora artística, Luiz Flavio Alcofra como diretor musical e arranjador, e conta com a participação especial do violinista e Spalla da Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo); o italiano virtuoso Emmanuele Baldini.

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